segunda-feira, janeiro 3

#03 - Terceira postagem

A vida é a maior incógnita encontrada pelo ser humano em meio ao seu "mundinho" racional que sempre em busca de explicações para aquilo que foge de sua razão não poderia permitir que a sua ciência ignorasse o principio e fim de sua existência. Não sendo capaz de tecer uma teoria cientifica plausível e generalizada, permite o individualismo de concepções baseadas em experiências pessoais, ou seja, surge a liberdade de expressar uma definição sobre a vida. Como sendo um caminho confuso disposto a nós por uma fonte biológica, repleta de desafios diferenciados em intensidade e perdas ou trajeto no qual acabamos por perder a real identidade tornando-se preciso retroceder e enfrentar uma aventura obscura capaz de revelar quem realmente somos.

¼


O homem mescla as perguntas "Quem sou?" e "O que é a vida?" como questões complementares, destacando o ideal do antropocentrismo, gerando uma linha de raciocínio que interliga uma resposta à outra, igualando-as a uma única incógnita de uma equação. E, posteriormente, é capaz de complementar esta com sua moral e incapacidade de previsão do futuro baseados em seu próprio julgamento de finito.

¼

Despertando sua preocupação está também a verdade inconclusa sobre o tempo, até então posto como maior inimigo do homem, depois de si mesmo. Dúvidas são levantadas acerca do pré e pós tempo desde o principio hipotético, criado para questão de orientação e estudo, e nenhuma resposta jamais foi obtida a partir da ciência exata. Provando e relembrando quão extremas são as limitações impostas ao homem pela mesma natureza que o criou. Contudo, ainda que aquelas sejam negadas e essa desafiada, a criadora insiste apenas em destacar que o destino da humanidade, ainda que não aceito, é o esquecimento.

¼


A humanidade sempre buscou respostas para muitas perguntas e é possível que até tenha encontrado, não para todas, mas algumas. Todavia, a verdade tantas vezes é explicita e implacável como inaceitável. Analisando tantas perguntas que se calaram é possível acreditar que diante da resposta verídica obtida a partir de ciência humana foi escolhido que cada um definisse a si o que e como compreender sua existência para que seja possível diferenciar-se e escrever a própria história. Pois o fim é comum a todos.

¼

domingo, janeiro 2

#02 - Segunda postagem �

Cada um de nós buscou em sua própria definição de "música" aquilo que não foi capaz de encontrar fora dela e pode ter sido um sentimento, uma ofensa ou até um pedido de ajuda. Na verdade, não há relevância na busca, mas no que foi encontrado. Surge a satisfação de ver parte de um todo expressa ali, capaz de emocionar com conforto. O alivio da certeza de que será compreendido o sentimento transcrito em palavras e som é a grande ilusão que permite o sono existir. A música torna-se uma extensão de sentir. Daquilo que palavras não seriam capazes de expressar sem melodia para uma grande mentira.

¼

Inúmeras falsas verdades dadas com sorrisos. Estes também já oferecidos com distintas mentiras. Razões, intenções, orgulhos e medos. Repletos de todos esses que trazem consigo o conforto em razão da dificuldade que é duvidar. Justifica-se - em geral - intencionando alcançar a ausência de culpa, afinal, de nada vale a inocência se não for a vítima. Cabe-se de tão pouco para julgar um carácter que acaba por tornar-se preciso atenção a cada vírgula mal escolhida. Mesmo quando não é o suficiente o que se quer, mas seu oposto também. Sem referenciar a idealização da óbvia incompatibilidade natural entre seres. Já que idealizar é iludir e que mal há? Se tão bem fará...

 ¼

Não se busca uma resposta generalizada para nada - e caso haja que seja ignorada pois se aplicável a todos sem exceção razão não há. Afinal, é preciso restar a fé da existência de uma exceção, de fato. Preferencialmente, correspondente ao perfil singular unitário, com localização residencial favorável, uma remuneração mensal legal semelhante, mas abaixo... É preferível acreditar que exista... Senão, perdido em uma curva da caminhada há de disponibilizar-se em algum momento, ou em vários, um substituto que corresponda erroneamente ao todo desejado, contudo,  capaz de garantir a fantasia de fantasiar. Desencadeando a certeza de ter tentado e assim convencer-se de nada, mas garantir silêncio. É como não gostar da camiseta, sendo desnecessário experimenta-la por ciência da incompatilidade entre seu gosto e o tamanho, mas ainda assim comprar acreditando em um motivo futuro que a tornará agradável.

 ¼

Em suma, procura-se o conforto em todos aspectos existenciais. Despertando a capacidade de negligenciar as próprias necessidades para que seja preenchida uma carência simultânea ou manipulando situações e palavras na intenção de ver tornar-se realidade o sucesso não alcançado. Enfim, submete-se a aceitar de imediato menos que o desejado para garantir a certeza de obter apenas, mesmo sem a certeza do acerto.

¼


sábado, janeiro 1

#01 - Primeira postagem �

Minha história é anônima ao mundo, aos leitores e até a mim. 
E por que não seria? 
Meu caminho é instável, mas o que em mim não o é?
Ora se fantasia, ora se nostalgia!
Se pudesse cantaria a Lua em todos os dias...
Com uma linda melodia presentearia
E aquela rima que não contagia, substitui-a.
E ruir, cadente, sorridente...
Estrela!
Outrora sente:
Futuro, passado e presente.
Meus olhos pacientes procuram os seus já ausentes
uma constelação apagar, nosso canto a calar e tu sequer a chorar.


½

Com a abertura do ano de 2011, fechando uma década e um ciclo,  me permito reivindicar o desafio que há três anos - ainda não completos - persisto em aplicar sobre mim. Não se trata da escrita, da simples união da ideia com o concretismo das palavras, como pôde ser observado no ano de 2009 em /tapesandtorches visto que as palavras se tornam passíveis de manipulação a partir de sua primeira letra. Tampouco tem valor a quantidade de amontoadas frases, já perdidas de seus sentidos, ilhadas em um coração estático encontradas  ao longo do ano de 2010 em /acrossthatrainbow. Contudo, a estima por mim  em relação aos textos publicados em cada um dos blogs acima é inestimável. Não somente procurei compartilhar o que havia de mais profundo em mim como também despertar o ser humano há muito adormecido dentro da carapaça já vazia e habitada por alguém que se auto-titulava: "Eu". Enfim, entre mundos externo e interno, surge a prolongação da escrita para que eu nunca me esqueça o caminho que enfrentei até aqui: /bottleofus!

½